Título: Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto
Autor: Alan Mendonça
ISBN: 978-65-88905-50-0
Edição: 1ª
Dimensões: 14 x 21 cm
Páginas: 208
Gênero: Dramaturgia - teatro
Ano: 2025
 
 
O livro “Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto”, de Alan Mendonça, trata-se do texto original da peça homônima em cartaz no Estado de São Paulo com montagem do Grupo Clariô de Teatro e que ganhou o Prêmio APCA, categoria Dramaturgia e o Prêmio Shell de Teatro, categoria Música. O livro, em formato de proposta estética teatral, narra e canta sobre a irmandade popular que ficou conhecida na história como a Comunidade do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, a vida e a morte do boi simbólico e do encantamento de uma sociedade justa e igualitária. O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto foi uma irmandade popular que ousou construir uma sociedade mais justa, igualitária, uma vida em comunhão no Cariri cearense nas primeiras décadas do século passado, mas que fora perseguida e destruída pelas forças militares oficiais mancomunadas com os poderosos daquela região, de terno e batina, sob o argumento de fanatismo e com o receio que ali nascesse uma nova Canudos, que vingasse ali um povo livre do cabresto secular, livre das esporas da elite das casas grandes, palácios e arquidioceses. O livro “O Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto” apresenta, a partir de seus escritos imagéticos, a estética do Teatro do Encantamento, com seus dizeres populares, suas cantigas de reisado, como também com os elementos das congadas e dos maracatus. O texto dos diálogos e narrativas é escrito quase todo em rimas, sob estruturas tradicionais da poética nordestina, repleto de musicalidade (mais de 60 canções inseridas via qrcodes), seguindo também elementos da narrativa tradicional, como a liturgia do boi presente nas “escritas” de reisado e em quem tem olhos de ver o boi revivido na gira dos passos, na voz de seu povo, em sangue e palavra.